sábado, 12 de março de 2011
Geração dos “quinhentitos”
Hoje milhares de pessoas saíram à rua, a organização fala em 200 mil pessoas em Lisboa e 80 mil no Porto, os números podem não estar certos mas que o movimento “Protesto da geração à rasca”, como ficou conhecido, criou algum incómodo a muita gente, isto é indiscutível.
O comentador Miguel Sousa Tavares chamou-lhe de demagógico, a Jornalista Isabel Stilwell também andou por aí, mas por mim, que faço parte de uma geração que fez na rua o seu protesto, acho muito bom que as pessoas não percam a capacidade de se indignarem.
E sou um pouco da opinião dos “Homens da Luta” as “revoluções” não se fazem com os comentadores ou fazedores de opinião, por isso meus amigos hoje senti que o meu lugar era na Avenida da Liberdade, junto do Vitorino, Pedro Barroso, Homens da Luta e outros que tais.
Como dizia um dos manifestantes isto foi só um dia, agora é preciso que a geração dos “Quinhentitos” vá à luta por um futuro que forçosamente terá que ser feito por eles e não pelos “Velhos” ou acomodados.
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4 comentários:
sem dúvida...
Mas é bom que não desmereçam o contributo dos velhos na sua luta...!
Quanto aos acomodados, há-os de ambos os lados...:
Alguns velhos porque já cansados e desiludidos, desistiram...
Alguns menos velhos...porque talvez vão comendo do tacho da governação e afins...e não lhes interesse a a luta que possa levar à mudança ...!!
"Geração Á rasca" foram as que antecederam a minha, a minha e aquela dez anos depois da minha. Depois tem havido "um não interessa" o "não vale a pena" e é só reparar quantos jovens do " A rasca " aparecem a votar nas autarquias, nas presidenciais e nas legislativas e se aparecem são aqueles que estão a ver o "tacho " ao fim do túnel. Tem havido presidentes de Câmara condenados judicialmente e são eleitos novamente pelo povo que em minoria vai votar mas, os outros "A rasca" ficam em casa, pois está bom tempo e vai-se para a praia ou então a noite foi passada na discoteca. É ver essas telenovelas da juventude em que todos são ricos, mal acabam as aulas, todos com o seu telemóvel que não são nada baratos. E quem paga ou pagou? Os cursos "do saber como" praticamente acabaram para dar lugar aos trabalhos limpos que não têm saída no mercado. Ainda hoje na RTP, uma empresa dizia que não podia investir porque não tinha pessoal para trabalhar na industria metalizada A minha. geração (ainda hoje somos "condenados") fomos forçados a uma guerra em que nos tiraram dois anos longe de familiares e mais, outros por lá morreram e esta "Geração á rasca" alguma vez se interessou por esses jovens " do então" que hoje vivem em condições precárias. Não sou contra sindicatos pois numa democracia moderna eles têm uma palavra a dizer, mas por vezes os activistas só têm algo em mente, defender o seu "tacho" e o bem do povo que se lixe. Isto é apenas minha opinião, certo ou errado Saudações J Chaves
Não gosto de criticar ou censurar os jovens pelas suas atitudes, pois também fui jovem e fiz algumas "parvoíces". Contudo, devo dizer que embora não tivesse ido à Guerra, e a minha contribuição para o 25 de Abril fosse insignificante, hoje, faço parte dos desiludidos! Não tanto pelos Governantes (que são uns mentirosos), mas pelo "deixa andar" da maioria dos jovens que durante todos estes anos não souberam nem quiseram saber o que era uma Mesa de Voto. Agora, apenas me limito a incentivar alguns jovens a irem à luta. Chegou a vez deles!
Chaves! Estás longe mas é um homem bem informado. Estou de acordo com quase tudo o que dizes no comentário.
Um abraço para a "rapaziada"
Fernando Santos.
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