Julgo que não há muitas fotos que mostrem o interior desta sala de cinema, que marcou a nossa geração, (estou a falar para os cinquentões). A plateia, com as suas cadeiras de pau, para a “plebe”, porque as almofadadas eram as do balcão e estavam reservadas à classe mais abastada, estava repleta de assistentes. Curiosamente na fila da frente lá estão os meus sogros, no lado esquerdo, de óculos e engravatado, o Orlando Carteiro, um companheiro de Escola que já não vejo há anos e de camisola aos quadrados outro grande amigo, o Tomé Borges, que já nos deixou.
Mas voltando ao Salão Ibéria, segundo o jornal Circulo das Caldas de 8 de
Agosto de 1917, as sessões de cinema já vinham funcionando há algum tempo. Nos
anos cinquenta a sua arquitectura inicial foi reformulada, permitindo a
exibição de filmes em “cinemascope”.
Após longos anos de actividade o edifício ruiu na noite de 9
de Outubro de 1978.
Nota: A Fotografia original é do meu amigo António Guilherme
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