…"Céu cinzento. Sábado. Meia-noite. 16 de Março 1974. Virgílio Varela, o então novato capitão do Movimento das Forças Armadas (MFA) detém o segundo-comandante do Regimento de Infantaria 5 (RI5) das Caldas da Rainha. Os camaradas Rocha Neves e Silva Carvalho aparecem, neutralizam a direcção da unidade. O comandante acorda. Mal larga a cama é preso.
Quatro da amanhã. O troço de soldados em linha comandada pelo capitão Armando Marques Ramos atravessa os portões do aquartelamento do R15, e inicia a marcha rumo a Lisboa. Os trinta e três oficiais, e mais de duzentos soldados, querem derrubar a ditadura mais teimosa da Europa.
O velocímetro não impõe milagres; 40 km/hora era o máximo que as máquinas bélicas suportavam. Mesmo assim, às seis da manhã, alcançam a capital. A três quilómetros das portagens de Sacavém deparam-se com um golpe totalmente distinto do almejado. Dentro de um Mini, os majores Casanova Ferreira e Manuel Monge trazem novidades. Péssimas; para darem meia-volta e voltar para o lugar de onde tinham vindo. Razões? Falta de planeamento e de comunicação."
Pessoalmente julgo que a autarquia nunca valorizou este acontecimento, mas o ano passado fez “mea culpa” e inaugurou um monumento junto à Escola de Sargentos
1 comentário:
Neste País e pelos vistos por várias outras paragens do mundo a ordem é branquear. Branquear o "nosso" fascismo e os demais. Naziz, na opinião de uns tantos trogloditas que por aí andam agora, foram uma obra do socialismo! Quem diria!
Outros há que; afinal não houve holocausto! E o que dirão os Israelitas (que também não são flor que se cheire), disso?
Não é de admirar, portanto, que em Caldas, haja quem se esqueça que a semente de Abril foi lançada a 16 de Março, aí mesmo. Muito queijo se deve comer nessa Câmara Municipal...
Um abraço
H. Sousa
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