quinta-feira, 24 de julho de 2008

Caldas intemporal VI

Retomo a série de fotografias onde se pode comparar alguns locais de Caldas da Rainha, com um século de distância.
Desta vez as imagens levam-nos até ao Parque D.Carlos I, mais propriamente ao espaço do Museu José Malhoa, que não se vê na primeira foto pois só foi inaugurado em 1940 durante as comemorações Centenárias da Província da Estremadura.


2 comentários:

Anónimo disse...

Hoje nas Caldas da Rainha

As interpretações vocais fantásticas dos Swingle Singers. Festival de Música das Caldas da Rainha
http://www.ccc.eu.com/artigos/artigo.asp?nid=138&sec=8

Artur R. Gonçalves disse...

As informações que tenho recebido neste espaço sobre as «Comemorações Centenárias na Província da Estremadura» nas Caldas da Rainha (1940) têm sido uma verdadeira surpresa para mim. Nos dezoito anos que passei na cidade nunca em tal ouvira falar.
Estremadura significa fronteira (estrema) entre dois universos culturais completamente distintos: o Cristão a norte, no Reino de Portugal; e o Muçulmano a sul, no reino do Algarve. A reconquista portuguesa do actual território nacional terminou em 1249, com a tomada definitiva de Santa Maria de Harum, depois transformada em Faro. Ou seja, 236 anos anos da fundação do Hospital Termal da Rainha D. Leonor de Lencastre. Leiria, em contrapartida, foi durante todo esse período de tempo um dos principais baluarte de defesa dos interesses seguidores da cruz contra os seguidores do crescente. Basta olhar para o que hoje resta de um dos castelos mais imponentes da defesa dessa tal «estrema» para ficarmos com uma ideia dessa realidade.
Um dia destes, talvez o Blogue nos elucide sobre os argumentos que terão levado António Montês a realizar tal evento no Parque D. Carlos I. Entretanto, congratulemo-nos com a construção do Museu José Malhoa, de linhas clássicas tão simples, mas, ao mesmo tempo, tão visíveis, um dos apanágios maiores do estilo estadonovista imposto em todo o Império Português pelo regime da época.