Se algum dia for feita a história do Comércio Tradicional em Caldas da Rainha, as Mercearias do Tavares Santos e Amaral e do Frias e Gonçalves, terão um lugar de destaque.
Nestes tempos os vários produtos alimentares, arroz, massa, feijão, açúcar, sal, etc, não eram embalados e a pesagem fazia-se na altura da venda.
O azeite e o petróleo, eram "aviados" com uma bomba manual para o vasilhame que o cliente trazia de casa.
Nestes tempos os vários produtos alimentares, arroz, massa, feijão, açúcar, sal, etc, não eram embalados e a pesagem fazia-se na altura da venda.
O azeite e o petróleo, eram "aviados" com uma bomba manual para o vasilhame que o cliente trazia de casa.
O bacalhau cortado à faca deixava sempre umas lascas que fazia as delícias dos empregados, e entre outras coisas vendia-se cinco tostões de colorau.
Eu não sou saudosista mas acho isto uma maravilha.
Eu não sou saudosista mas acho isto uma maravilha.
O Tavares Santos e Amaral era onde hoje está a Benetton, e o Frias e Gonçalves deu lugar ao Supermercado Casaleiro.
Não me recordo em que alturas fecharam as portas, mas julgo que foi na década de sessenta. Um dia destes quando descobrir algumas pessoas que por lá tenham trabalhado, volto ao assunto com mais informação.
3 comentários:
E que tal relembrar também a celebérrima Livraria Silva Santos localizada na «Praça da Fruta»? Para a troca de cromos das mais variadas colecções não havia igual.
ah pois era,
naquele tempo lá ia eu com uma garrafa de vidro vazia, comprar azeite, à União, mesmo ao lado da casa da minha avó
era mesmo ali ao lado, mas ia a correr e...quantas vezes, caia e partia a garrafa...
lá voltava para casa sem azeite, nem garrafa
para ouvir mais um ralho da minha mãe...
tempos que já lá vão
são morgado
Engraçado,como nos esquecemos de pequenas coisas e basta ler algumas palavras que se faz clik e toda a memória volta... estou recordando que a D.Rosa a mercearia do Bairro do Viola, onde eu vivi a minha infância vendia a marmelada e a manteiga em caixas de madeira muito fina e cortava-se a porção que o cliente desejava. Até aqui tudo bem, e como a necessidade faz o engenho, o meu pai, um artista nato, pedia à D.Rosa as tabuinhas de madeira fina engorduradas e fazia uma mobília de quarto para as minhas bonecas, com gavetas, cabides e espelhos como mandava o estilo e oferecia-me pelo Natal desse ano, pois naquele tempo o dinheiro não abundava. Hoje, ainda guardo em lugar de destaque a mobília onde já brincou a minha filha e agora a minha neta. É emocionante, não é?
Lurdes Peça
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