O vapor Inglês Highland Hope pertencente à companhia Nelson
Line era um navio de 14 000 toneladas que encalhou nos rochedos do Farilhão
Grande, a Norte das Berlengas, numa zona conhecida como Bailadeira.
Na noite de 19 de Novembro de 1930, apenas 1 ano após a sua construção, o Highland Hope, devido ao denso nevoeiro que se fazia sentir, encalhou de proa naqueles ilhéus não tendo sido possível a sua remoção pelo que viria perder-se.
Das 550 pessoas a bordo não houve vítimas a registar, devido fundamentalmente à assistência pronta dos barcos de Peniche, na sua maioria embarcações que se dedicavam à pesca. Todos os ocupantes do navio foram transportados para Peniche onde lhes foi dada roupa, comida e abrigo.
Procedeu-se ao salvamento de todos os objectos de fácil transporte, entre eles um piano fabricado em 1890, que o Montepio Rainha D. Leonor adquiriu e passou a utilizar nos bailes e teatros que esta instituição realizava.
Esta Pianola não necessitava de pianista, pois tinha um sistema de cilindros, que para tocar bastava rodar.
Quando o Montepio fez a Casa de Saúde, acabou com os bailes e em 1947 o Piano foi vendido aos “Pimpões” por 1.500 Escudos.
Julgo que o Piano ainda se encontra na Biblioteca dos “Pimpões”, pelo menos nos anos que fiz parte das direcções estava lá, e na altura, depois de um restauro levado a cabo em 1993, funcionava perfeitamente.
Fontes Bibliográficas
Mariano Calado, Peniche na História e na Lenda, 3ª Edição, Peniche 1984;
Actas da Câmara Municipal de Peniche, 22 de Janeiro de 1931;
José Augusto Pimentel – Gazeta das Caldas 1992
Na noite de 19 de Novembro de 1930, apenas 1 ano após a sua construção, o Highland Hope, devido ao denso nevoeiro que se fazia sentir, encalhou de proa naqueles ilhéus não tendo sido possível a sua remoção pelo que viria perder-se.
Das 550 pessoas a bordo não houve vítimas a registar, devido fundamentalmente à assistência pronta dos barcos de Peniche, na sua maioria embarcações que se dedicavam à pesca. Todos os ocupantes do navio foram transportados para Peniche onde lhes foi dada roupa, comida e abrigo.
Procedeu-se ao salvamento de todos os objectos de fácil transporte, entre eles um piano fabricado em 1890, que o Montepio Rainha D. Leonor adquiriu e passou a utilizar nos bailes e teatros que esta instituição realizava.
Esta Pianola não necessitava de pianista, pois tinha um sistema de cilindros, que para tocar bastava rodar.
Quando o Montepio fez a Casa de Saúde, acabou com os bailes e em 1947 o Piano foi vendido aos “Pimpões” por 1.500 Escudos.
Julgo que o Piano ainda se encontra na Biblioteca dos “Pimpões”, pelo menos nos anos que fiz parte das direcções estava lá, e na altura, depois de um restauro levado a cabo em 1993, funcionava perfeitamente.
Mariano Calado, Peniche na História e na Lenda, 3ª Edição, Peniche 1984;
Actas da Câmara Municipal de Peniche, 22 de Janeiro de 1931;
José Augusto Pimentel – Gazeta das Caldas 1992
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