sábado, 21 de março de 2020

174 anos de Rafael Bordalo Pinheiro

"Nunca cursei academias. Tenho o curso da Rua do Ouvidor...Cinco anos. Canto de ouvido"

Quem me conhece sabe da minha admiração por Rafael Bordalo Pinheiro, nasceu há 174 anos e foi um génio muito à frente do seu tempo.
Um homem de sorriso largo, com o seu traço irreverente e satírico, nasceu em Lisboa a 21 de Março de 1846, foi sempre um apaixonado pelo lado boémio da vida da Capital. Frequentou as Belas Artes o Curso Superior de Letras da Escola de arte Dramática, mas foi a caricatura que o lançou para a ribalta do humorismo gráfico a partir do êxito alcançado com O Dente da Baronesa (1870). Depois de várias participações em publicações estrangeiras e nacionais e de uma estadia no Brasil, regressa e começa trabalhar no “António Maria”(1879). Seguiu-se o Álbum das Glórias (1880), No Lazareto de Lisboa (1881), Pontos dos Iis (1885) e, finalmente, A Paródia (1900).
Em 1884, paralelamente à sua actividade como caricaturista e ilustrador, experimenta o barro nas oficinas de Gomes de Avelar e, pouco tempo depois, continua durante 21 anos na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Depois de uma vida cheia, em 23 de Janeiro de 1905 não resiste a uma lesão no coração e morre em Lisboa, mas a actualidade da sua obra faz com que esta seja intemporal.

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