domingo, 21 de junho de 2009

Caldas intemporal XXVII – O Pinheiro da Rainha



Este miradouro que se encontra na Mata, foi outrora um ponto de encontro dos visitantes que se deslocavam à nossa cidade.

“N’estas termas não havia então o movimento de familias que se vê hoje; o máximo meia dúzia, formando todas uma só familia… A vida que se passava era a seguinte: de manhã, tratamento no hospital onde havia o tradicional copinho dado pelo velho Sebastião que Deus tem; durante o dia, no passeio da Copa, jogava-se o arquinho, as senhoras cosiam e bordavam: mais tarde houve um jogo de Croquet devido á iniciativa da família Barros Lima e José Sacavém. Também havia o jogo da malha, e ainda me recordo de ver o falecido escritor Luciano Cordeiro joga-la com entusiasmo. Tempos que não voltam!
Depois de jantar, que era por volta das cinco horas, ia-se à mata real, uns subiam ao pinheiro da Rainha, outros espalhavam-se pelas ruas a jogarem jogos de prendas e arquinhos. Quando a noite vinha já próxima, todos desciam até ao Club, onde se dançava animadamente até às dez horas, sendo então servido o conhecido e tradicional chá com fatias e bolachas, alem e copos com agua chalada. Este chá era fornecido pela direcção do club, sendo digno de elogios pelo asseio e abundância.”
Alfredo Pinto (Sacavém)
Do livro “ Em terras de Portugal” Ed. Ferin-1914

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