Uma coluna militar proveniente do Regimento de Infantaria 5, das Caldas da Rainha, marchou sobre Lisboa naquela que seria uma insurreição abortada. O movimento que eclodiu em 16 de Março de 1974, ficou conhecido como o Pronunciamento das Caldas, e viria a se um ensaio para o vitorioso 25 de Abril - que restituiu a Liberdade ao Povo Português.
O ano passado, por esta altura aqui no blog, reproduzi um texto que o Diário de Noticias publicou para noticiar os acontecimentos. Posteriormente o José M.G., que eu não tenho o prazer de conhecer, teve o seguinte comentário que certamente passou despercebido mas que agora tomo a liberdade de o trazer de novo.
Pensava que passados estes anos sobre o 16Mar74, já se quisesse dizer mais qualquer coisa sobre o que se passou. Lamento que não tenham pedido à Dra. Joana Tornada para informar o Águas Mornas sobre o que se passou e quem tomou parte no Movimento. Como aqui foi referido além de só referir uma parte do problema, transformando desse modo a realidade, procura esquecer o que a outra corrente, não Spinolista, pretendia. O RI5 esteve desde o início com o Movimento de Capitães, tomou posição significativa na realização da reunião de Óbidos, onde pela primeira vez se falou em derrubar a ditadura, sempre cumpriu com a sua palavra, sempre assumiu a responsabilidade dos seus actos, muito embora houvesse duas correntes ideológicas opostas dentro da Unidade. Deixo aqui bem claro que no 16 de Março as Forças saíram, porque tinham antecipadamente informado o seu Comandante que se algo acontecesse aos Generais Costa Gomes e Spínola, que tomariam uma posição de força (de acordo com o que tinha sido acordado com a Coordenadora do Movimento) e não porque o grupo do Varela o comandasse as forças, mas porque houve realmente confirmação de Lisboa que a ordem de marcha era dada pela Comissão Coordenadora do Movimento de Capitães, conforme o afirmou telefonicamente o Major José Maria Azevedo, embora no dia anterior Salgueiro Maia dissesse que não podia sair porque não tinha munições além das de Instrução. Depois aproveitou-se a situação como um balão de ensaio, para o 25 de Abril, como o referiu Otelo.
José M.G.
Nota: não sei quem é o autor da foto que ilustra o texto e já não me lembro onde a "roubei".
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