domingo, 25 de janeiro de 2015

Uma prova de ciclismo


Ao dar uma volta aos “papéis”, encontrei uma fotografia, que é uma preciosidade. Trata-se de uma foto de um grupo de ciclistas, e não só, representativos d’Os Estrelas e do Barracanense, que participaram numa prova no início dos anos setenta.

Esta prova, de cuja organização eu fiz parte, tem estórias muito divertidas, estórias essas que passo a contar.
A 1ª etapa era uma prova de pista disputada em volta da Cadeia que ainda estava em construção. Logo aí o Mário Morgado, “ciclista de grande craveira”, ao dar uma curva resvalou na gravilha... resultado: duas horas a tirar pedrinhas das pernas.
A 2º Etapa ligava Caldas à Foz do Arelho e contou à partida com cerca de trinta “Ciclistas” devidamente equipados e acompanhados pelo carro de apoio conduzido pelo meu amigo Alexandre Domingos, que a morte levou prematuramente.
Junto à Fábrica do sabão aconteceu o primeiro percalço: o carro do lixo que vinha em sentido contrário, “obrigou” parte dos garbosos atletas a espalharem-se na valeta, e o Silvério, outro amigo que já partiu, lá fez o percurso até casa com a bicicleta às costas pois devido à queda, as rodas ficaram feitas num oito, sendo-lhe atribuído o prémio do azar.
Mas o melhor estava para vir. Perto do Alto Nobre, dois “GNR” olharam com desconfiança a caravana que se aproximava e resolveram interromper a corrida.
Prontamente o “staff” da corrida deu conta do que se passava e tentou esclarecer os agentes da autoridade. O problema surgiu quando estes perguntaram pela licença da prova. Claro está que nunca percebemos para que é que era preciso licença para nos divertirmos.
Outro “pequeno problema” era o carro de apoio pois o meu amigo Alexandre não tinha carta de condução, mas fez questão de esclarecer as “Autoridades” que estava a pensar em tirar.

Por estas e por outras lá fomos até à esquadra para esclarecer a situação e aí depois de informado o Pai do condutor, o Alexandre Sapateiro, pessoa conhecida nas Caldas, lá se resolveu tudo pelo melhor.
Mas lembro-me que quando o “velho” Alexandre entrou na polícia, chegou junto do filho, deu-lhe duas “galhetas” daquelas que fazem levantar os pés do chão e perguntou-lhe “então o que se passa?”.

Dos ciclistas, lembro-me do Orlando Carteiro, do Luis Alberto (Formiga) de S. Gregório, do Luis Inácio, que julgo que chegou a correr no Sporting, do Pio Lourenço, do Purificação Pereira, do Carlos, do Espanhol, do Morgado, e de tantos outros.


Sem comentários: